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Posts Tagged ‘GAYS DE 13 A 24 ANOS’

 

Este é um artigo publicado no Jornal Folha de São Paulo desta Terça Feira 01/12 o infectologista Caio Rosenthal e o ativista Mário Scheffer discorrem um excelente texto sobre “a longa exposição aos coquetéis de remédios, o envelhecimento dos pacientes e a complexa interação farmacológica com outras drogas usadas para tratar as “novas” doenças exigirão esforços de médicos de diversas especialidades e de equipes de saúde multiprofissionais” a face oculta desta doença esta exposta neste espaço. Espero que faça bom uso dele.

 

A face oculta da Aids (Tendências/Debates)

CAIO ROSENTHAL e MÁRIO SCHEFFER

Se comparados com a população que não tem o HIV, os indivíduos infectados passaram a ter problemas de saúde que nos surpreendem

MAIS DE uma década após a chegada dos medicamentos que compõem o tratamento eficaz, a infecção causada pelo HIV ganha novos contornos, e a determinação de prolongar a vida a todo custo convive com situações que começam a preocupar pacientes e médicos.

Com mais de 30 drogas potentes disponíveis no mundo para combater o HIV, grande parte das pessoas em tratamento consegue manter por décadas o vírus em níveis indetectáveis na corrente sanguínea. As gravíssimas doenças oportunistas tornaram-se raras, e a mortalidade foi estabilizada em aproximadamente 30 óbitos por dia no Brasil.

A Aids, no entanto, passou a revelar uma face oculta. Se comparados com a população que não tem o HIV, os indivíduos infectados -mesmo aqueles sob terapia antirretroviral bem-sucedida- passaram a ter problemas de saúde e doenças que nos surpreendem. São complicações não relacionadas diretamente à Aids, e sim à replicação do HIV, ao permanente estado de atividade inflamatória e aos níveis de supressão imunológica aos quais os pacientes estão sujeitos.

Crescem os casos de câncer e de doenças renais, devido aos estragos perenes produzidos pelo HIV no organismo, mesmo após anos de controle do vírus com o tratamento. As doenças do fígado, igualmente em ascensão, estão associadas à coexistência de Hepatites virais, ao uso abusivo de álcool e aos próprios antirretrovirais.

Precoces e mais frequentes, a hipertensão arterial, a diabete e as altas taxas de colesterol e triglicérides também acompanham a evolução da sobrevida dos indivíduos HIV positivos.

Os medicamentos deram a oportunidade de as pessoas viverem plenamente, e essas alterações recentes revelam que não conhecíamos a história natural da infecção pelo HIV em toda a sua extensão.

A longa exposição aos coquetéis de remédios, o envelhecimento dos pacientes e a complexa interação farmacológica com outras drogas usadas para tratar as “novas” doenças exigirão esforços de médicos de diversas especialidades e de equipes de saúde multiprofissionais.

É um cenário preocupante para o programa brasileiro de Aids, que não expandiu no Sistema Único de Saúde (SUS) nem a solução de problema mais antigo, o tratamento da lipodistrofia -a redistribuição de gordura corporal que estigmatiza parte das 200 mil pessoas com HIV e Aids tratadas com antirretrovirais no país.

Não apenas na assistência exige-se a atualização das respostas governamentais. Na outra ponta, na prevenção, é preciso recuperar o foco. O Ministério da Saúde erra ao reforçar a noção de interiorização da doença no Brasil, sem dizer que a ocorrência de casos nas pequenas cidades continua sendo irregular e de baixa magnitude. É preciso agir no interior, mas os grandes centros acumulam mais da metade dos casos de Aids, e muitas capitais não têm programas à altura dessa concentração.

Pela primeira vez, pesquisas mostram a redução do uso de preservativos, e consolidou-se o aumento da incidência da doença em mulheres jovens e homens gays de 13 a 24 anos, para citar dois exemplos de populações vulneráveis e de prioridades esquecidas.

O governo federal repassa recursos para Estados, municípios e ONGs, mas a limitada cobertura dos projetos, a baixa execução orçamentária e a ausência de monitoramento demonstram os impasses da política descentralizada. O dinheiro público não chega ou não é gasto onde o HIV mais se propaga.

A cada mudança da epidemia, há o risco de a sociedade se distanciar ainda mais da compreensão da Aids. A demora das políticas públicas em enxergar novas realidades pode significar mais infecções, prejudicar os doentes e gerar discriminação e violação de direitos, o que ainda persiste no trabalho, no convívio social e até em serviços de saúde.

Fosse diferente, não estaria em pauta na Câmara dos Deputados a aprovação de lei que criminaliza o preconceito contra as pessoas que vivem com HIV. As insídias da Aids, certamente um dos mais complexos desafios da humanidade, não admitem hesitações e vacilos das autoridades.

CAIO ROSENTHAL , médico infectologista, é membro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo.

* MÁRIO SCHEFFER, comunicador social e sanitarista, pós-doutorando do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, é presidente do Grupo Pela Vidda-SP.

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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Estamos falando de 30 óbitos por dia no Brasil, mulheres jovens e homens gays de 13 a 24 anos fazem parte dos grupos mais vulneráveis e de prioridades esquecidas.

 

Os jovens não participaram do BOOM da AIDS nos anos 80 e 90 e não sabem o estrago que esta doença causou. Muitos deles acham que caso sejam infectados basta tomar um remedinho que tudo se resolve e como lemos acima a realidade é outra.

 

Para a coordenadora de projetos da Sociedade Viva Cazuza, Christina Moreira, os jovens são os mais vulneráveis a novas infecções, mas descuidam da prevenção.

 

Cada dia mais esta em alta as festas que promovem o sexo coletivo e que dispensam o uso do preservativo. A brincadeira de “Roleta Russa” esta presente, basta entrar em sites de relacionamento ou salas de bate papo de todo País que sempre tem alguém promovendo o SEXO SEM CAMISINHA o famoso Barebake – Pessoas fujam deste golpe, é arriscar a vida com uma transa.

 “O sexo acaba mais a vida continua, com ou sem AIDS a vida continua” diz  O ex-DJ Cláudio Santos de Souza, 45 anos, é soropositivo há 15 anos e diz que frequentemente recebe informações sobre a negligência dos jovens na prevenção. “Há festas no Brasil onde se faz sexo desprotegido com vários parceiros. (…) Eles se arriscam porque talvez não saibam a complicação que é o tratamento.”

Souza coordena voluntariamente um site, o Soropositivo.org, no qual há espaço para discussão das questões relacionadas à doença e à sexualidade. (trecho extraído do site G1)

 

A falta de conhecimento ou a negligência são os maiores ofensores da luta contra o HIV. Basta sair na noite que os convites chegam para festinhas pós baladas, jovens que se drogam a noite toda se reúnem e praticam sexo sem cuidado algum.

 

Se prevenir é uma questão de respeito com você mesmo. É amor próprio.

 

A AIDS não tem rosto, não tem cor, raça nem religião.

 

Sexo só com camisinha!

 

Dica do Post – Na falta de camisinha fique na pegação, guarde o SEXO pra depois. Acessem  – http://www.aids.gov.br/main.asp?View={CEBD192A-348E-4E7E-8735-B30000865D1C}&Mode=1

 

 

Fonte de pesquisa  – http://www.agenciaaids.com.br/site/default.asp

 

 

 

Esley Zambel* Se Prevenir é tendência – Entre na moda você também.

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