Que vivemos em uma sociedade limita, isto eu já sei.
Em conversa com uma amiga Virginia Burlesque, tatuadora e body piercing, entramos no assunto cidade de Goiânia. Ela desabafou, disse que o que prende as pessoas nesta cidade são as PESSOAS não a cidade. E ainda afirmou – Goiânia não nos merece.
Achei um pouco forte as palavras, mas vindo de Virginia, normal.
No Domingo resolvi ir a uma festa. Sun Day é uma festa produzida pra gente “legal”, “descolada”, “cult” para pessoas livres de amarras e que saem para se divertir (falo mais sobre a festa – Calma!!!).
Adoro fotografia. Sou natural de Brasília, moro em Goiânia á 12anos e posso falar uma verdade, ADORO ESTA CIDADE! Indo para a tal festa resolvi tirar umas fotos pela cidade, o centro de Goiânia é belo, sou fascinado! Estava acompanhado de mais 2 amigos, enquanto fotografávamos começamos a perceber risos das pessoas que passavam. Uma delas foi capaz de perguntar:
– Vocês são daqui?
Respondemos – Sim
– Então pra que estão tirando fotos?
Até ai eu entendo. Morei no Rio de Janeiro 3 anos e não conheci o Cristo Redentor. As pessoas são assim. Moram em uma localidade e a beleza e curiosidade por aquele local se torna banal pelo fácil acesso. Hoje eu enxergo as coisas com outros olhos.
Continuando a saga de tirar fotos pela city nos deparamos com mais risos e olhares críticos. Eu, com toda minha paciência parei pra refletir. Não é apenas o ato de fotografar, tem algo a mais, existe alguma coisa podre no reino da Dinamarca.
E o fato é UM ÓCULOS BRANCO. Pasmem! Eu também GORFEI quando descobri que um Ray Ban Branco poderia causar tamanha estranheza na sociedade.
Eu já havia passado por situações parecidas. Tenho o hábito de usar cachecol e quando coloco este acessório todo mundo para pra olhar, fazer piadas e perguntar se estou doente.
Isto é um absurdo|! É chato morar no interior.
Sempre luto pra dizer que Goiânia não é uma fazenda asfaltada. Que também somos evoluídos e que temos modernidade a mostrar. Com estes fatos fica difícil permanecer aqui.
Ooooooh! Povo, vai dar uma volta na Avenida Paulista.
Diversidade é tendência!
Ok! Chegando a tal festa. Pensei – OMG (pensei em inglês) cheguei em um local mais evoluído.
Engano. Ledo engano.
A festa era “segregada” da seguinte forma. Cults – Bicudos – Fritos – Divertidos – Alternativos – Modeletes – ai chega! Detesto nomenclatura, ninguém é pote de maionese. Mas hoje precisava.
Sempre tento me inserir em todos os grupos. Adoro tudo junto e misturado! Permaneço mais entre os Cults e divertidos e depois caio no meio dos fritos é sempre bom.
Eu sou maldoso, confesso. Temos que nos misturar.
A festa estava ótima. Gente que DJ TUDO! Que música boa, ele sente o público. POP HOUSE mais uma vez CAUSOU. As pessoas e as propostas também me agradaram. Fora a cerveja ter acabado cedo foi bunitinho o domingo.
O FDS foi formidável. Aprendi tanto que vou descansar uma semana a cabeça.
E para aqueles que são contra a diferença vai a dica.
– Eu sei mais do que você pode imaginar. E se molhar, faz bem!
Se eu for embora Goiânia ficará mais triste, então eu FICO!
Esley Zambel* Sendo transformado rs Vc entendeu?